Principais diferenças entre Maxila e Mandíbula na odontologia

Principais diferenças entre Maxila e Mandíbula na odontologia

O conhecimento da anatomia da maxila e mandíbula é de extrema importância para prevenir intercorrências durante e após os procedimentos, por causa da complexidade das estruturas anatômicas, que compreendem osso, nervos, vascularização e músculos.

Na Odontologia, o conhecimento de anatomia de cabeça e pescoço e anatomia dental é essencial para garantir o sucesso do caso clínico.

Por meio do conhecimento de anatomia aplicada à Odontologia, o dentista irá realizar desde a interpretação de exames de imagem até o procedimento clínico, incluindo a anestesia odontológica.

Neste artigo, vamos abordar as aspectos anatômicos da maxila e mandíbula, as complicações odontológicas mais comuns e os procedimentos que possuem relação direta com as duas estruturas.

Importância da anatomia na Odontologia

A anatomia da face é complexa, com estruturas interligadas que podem ser lesionadas durante o atendimento odontológico.

A maxila e a mandíbula, desempenham papéis essenciais na mastigação, respiração, fonação, oclusão e estética facial.

O conhecimento anatômico é essencial para o dentista prevenir complicações durante e após o procedimento, além de elaborar um plano de tratamento adequado às variações anatômicas de cada paciente, adaptando as técnicas para as necessidades individuais.

Além disso, a anatomia é a base para reestabelecer estética e função em procedimentos de cirurgia ortognática e cirurgia oral maior.

Conheça as intercorrências mais comuns no consultório odontológico, relacionadas aos maxilares:

  • Parestesia;
  • Paralisia;
  • Comunicação entre estruturas;
  • Perfuração óssea;
  • Fraturas;
  • Reabsorção óssea;
  • Infecções;
  • Hemorragia.

Para a realização do diagnóstico correto e planejamento do caso clínico, a interpretação de exames de imagem na Odontologia, como por exemplo a radiografia periapical, a radiografia panorâmica e tomografias computadorizada, está relacionada ao conhecimento do profissional em reconhecer variações anatômicas e patologias nessas estruturas, tanto em imagens bidimensionais como em tridimensionais.

Compreender a anatomia das estruturas da face permite que o dentista realize o diagnóstico correto e planeje o caso de acordo com as necessidades de cada paciente, prevenindo complicações e garantindo o sucesso do caso clínico.

Anatomia da mandíbula e maxila

O domínio da anatomia da maxila e mandíbula é essencial para o sucesso clínico e para a segurança dos pacientes em procedimentos odontológicos.

A maxila é composta por um corpo e quatro processos: frontal, zigomático, palatino e alveolar.

É formada por dois ossos maxilares que se unem na linha mediana por meio da sutura intermaxilar e tem relação direta na formação da órbita, nariz e palato, além da inserção dos dentes superiores.

Já a mandíbula é um osso móvel, e ao contrário da maxila, não se articula por meio de suturas, e sim pela articulação temporomandibular (ATM).

A ATM permite que a mandíbula permaneça ligada ao crânio e realize movimentos mandibulares, impactando diretamente na fonação e mastigação.

Em relação aos aspectos anatômicos, a mandíbula possui um corpo, dois ramos e a inserção dos dentes inferiores. O corpo da mandíbula é formado por duas partes: osso alveolar e base da mandíbula.

Os maxilares possuem estruturas anatômicas essenciais que devem ser bem compreendidas pelo dentista, pra prevenir imprevistos durante e após o tratamento odontológico.

Ao realizar o planejamento do caso clínico, é importante lembrar a diferença de densidade óssea entre maxila e mandíbula.

A maxila apresenta um tecido ósseo esponjoso, apresentando cortical mais fina e trabeculado menos denso se comparado ao tecido ósseo mandibular.

Já a mandíbula apresenta um tecido ósseo mais denso que o da maxila, além de possuir corticais mais grossas.

Conheça os aspectos mais relevantes das duas estruturas anatômicas

Maxila:

  • Corpo da maxila: abrange os seios maxilares, assoalho da órbita, parede anterior da cavidade nasal e a parte inferior da fossa infratemporal;
  • Forame infraorbital: Localizado na superfície anterior da maxila, permite a passagem do nervo infraorbital;
  • Processo alveolar: forma a arcada dentária superior;
  • Processo frontal: forma a borda medial da órbita;
  • Processo zigomático: composto pelo arco zigomático e pelo osso zigomático;
  • Processo palatino: formado pelo palato e o assoalho da cavidade nasal;
  • Seio maxilar: a proximidade entre o seio maxilar e as raízes dos dentes superiores, especialmente dos pré-molares e molares, é uma área de atenção em procedimentos de extrações e instalação de implantes.

Mandíbula:

Corpo da mandíbula:

  1. Face interna: tubérculos mentuais, fossa digástrica e linha milo-hióidea;
  2. Face externa: sínfise mandibular, forame mentual e linha oblíqua da mandíbula

Ramos da mandíbula:

  1. Processo condilar: por meio da ATM, se articula com o osso temporal;
  2. Processo coronoide: inserção para o músculo temporal;
  3. Face interna: forame mandibular e inserção do músculo pterigoideo medial;
  4. Face externa: inserção do músculo masseter.

Forames mandibulares

  1. Forame mandibular: é o orifício interno do canal da mandíbula, contendo o nervo alveolar inferior ;
  2. Forame mentual: é o orifício externo do canal da mandíbula, contendo o nervo mentual, que é um ramo do nervo alveolar inferior.

Reconhecer as características e variação anatômica é fundamental para procedimentos odontológicos seguros, bem como o sucesso do caso clínico.

Procedimentos odontológicos que envolvem a mandíbula e maxila

O conhecimento anatômico da face permite que o dentista realize tratamentos seguros, promovendo a saúde bucal e sistêmica.

Conheça os procedimentos odontológicos que apresentam relação direta com a mandíbula e maxila, bem como os principais pontos de atenção:

  • Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM): o movimento dentário e correção ortopédica dependem da estrutura óssea da maxila e mandíbula;
  • Cirurgia ortognática: indicada para corrigir discrepâncias esqueléticas, restabelecendo estética e função;
  • Exodontia: é importante ficar atento à variações anatômicas, para prevenir comunicação anatômica, hemorragias e parestesia;
  • Enxerto ósseo: indicado para reconstrução óssea em casos de perda óssea severa;
  • Implantes Dentários: a instalação de implantes exige a avaliação detalhada da densidade óssea e da localização de estruturas anatômicas, como por exemplo o nervo alveolar inferior e o seio maxilar;
  • Disfunção de ATM: requer intervenções precisas para evitar danos funcionais;
  • Anestesia local odontológica: o conhecimento anatômico é essencial para garantir a qualidade da anestesia local e conforto para o paciente durante o procedimento odontológico.

Conhecer as características anatômicas, variações e diferenças da anatomia da maxila e mandíbula contribuem para a segurança do procedimento odontológico, previsibilidade de resultados e no sucesso do caso clínico.

Conclusão

O conhecimento detalhado da anatomia da maxila e mandíbula é essencial para a segurança dos pacientes e o sucesso do tratamento odontológico, impactando diretamente na saúde bucal e qualidade de vida dos pacientes em diversas especialidades odontológicas, como por exemplo Cirurgia Bucomaxilofacial, Implantodontia e Ortodontia.

Compreender a anatomia e função dessas estruturas é fundamental para garantir intervenções odontológicas seguras.

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