A Endodontia, especialidade odontológica conhecida popularmente por “tratamento de canal”, tem como objetivo realizar o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças que afetam a polpa dental, composta por tecido conjuntivo, vasos e nervos.
Ao remover a polpa infectada/ inflamada e selar o conduto radicular, o tratamento endodôntico permite preservar o elemento dental na cavidade oral, além de promover a saúde bucal e sistêmica.
A especialidade acompanha o crescimento da inovação e tecnologia na Odontologia e apresenta uma grande variedade de recursos e soluções para promover o sucesso do caso clínico.
Nesse artigo, vamos apresentar os procedimentos realizados pelo endodontista, os materiais utilizados no dia a dia clínico e solucionar as dúvidas mais comuns sobre a especialidade.
Segundo o Conselho Federal de Odontologia – CFO, “Endodontia é a especialidade que tem como objetivo a preservação do dente por meio de prevenção, diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações da polpa e dos tecidos perirradiculares”.
De acordo com o CFO, as áreas de competência para atuação do especialista em Endodontia:
O tratamento de canal é fundamental para promover a saúde bucal e a prevenção de infecções sistêmicas, além de preservar o elemento dental e evitar a exododontia.
Para ser reconhecido como especialista pelo Conselho Federal de Odontologia – CFO, o dentista deve cursar a especialização lato sensu em Endodontia.
Caso o desejo seja também atuar no ambiente acadêmico com docência e pesquisa, o profissional pode cursar especialização stricto sensu em Endodontia (mestrado e doutorado), direcionados respectivamente para docência e pesquisa.
Uma dúvida muito comum é sobre a remuneração do especialista em Endodontia. É importante lembrar que o valor varia de acordo com região, experiência, complexidade do caso clínico (para profissionais que atuam com atendimento particular) e área de atuação do profissional.
O tratamento endodôntico exige conhecimento técnico e habilidade manual, com o objetivo de promover a limpeza, sanificação e selamento do conduto radicular.
Além de preservar os dentes naturais, a especialidade também contribui para a prevenção de infecções sistêmicas, pois as bactérias presentes no conteúdo pulpar podem se espalhar para os tecidos circundantes e corrente sanguínea, causando complicações sistêmicas, como por exemplo a endocardite bacteriana.
Para evitar intercorrências durante o procedimento clínico, é fundamental o profissional realizar exames de imagem e utilizar limas e brocas novas.
Caso realize a instrumentação do canal radicular com limas rotatórias ou limas reciprocantes, é fundamental seguir a programação do motor de acordo com as orientações de torque e velocidade de cada fabricante.
Além disso, conhecer a complexidade da anatomia interna dos dentes, incluindo a variação no número e na forma dos canais radiculares é de extrema importância para o sucesso do tratamento e a prevenção de intercorrências.
Cada dente tem uma anatomia única, e a falha em limpar e selar adequadamente todos os canais pode resultar na necessidade de retratamento endodôntico.
A especialidade se beneficia de uma variedade de instrumentais, biomateriais e tecnologias que promovem a previsibilidade e longevidade dos tratamentos.
I. Limas Manuais:
II. Limas para instrumentação mecanizada:
Os cimentos para obturação do canal radicular mais utilizados são
Essas tecnologias, utilizadas em conjunto com a medicação intracanal e biomateriais para Endodontia, são fundamentais para promover a previsibilidade e longevidade do tratamento de canal.
Para facilitar a compreensão sobre o tema e a atuação do endodontista, criamos uma lista respondendo as dúvidas mais comuns sobre a especialidade:
O cirurgião – dentista clínico geral (sem especialidade odontológica registrada e reconhecida no CFO) realiza o tratamento endodôntico em casos simples.
Já o endodontista realiza o tratamento de casos complexos, retratamentos e procedimentos cirúrgicos relacionados à especialidade.
Em média, de 18 a 30 meses, dependendo da instituição e da carga horária prática e teórica.
Sim, principalmente se o profissional se identifica com a especialidade e deseja se destacar no mercado de trabalho, ampliar sua área de atuação e oferecer tratamentos complexos com segurança.
Para dados atualizados, confira o site do CFO:
https://website.cfo.org.br/estatisticas/quantidade-geral-de-cirurgioes-dentistas-especialistas/
Quer saber mais sobre Endodontia? Confira esses links do CFO:
https://website.cfo.org.br/wp-content/uploads/2020/04/Consolidação-das-Normas-1-1.pdf
Conclusão
A Endodontia é responsável pelo diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças e lesões da polpa dentária e dos tecidos periapicais.
Compreender os princípios da especialidade, desde a anatomia dental até as técnicas instrumentação, sanificação e selamento do conduto é fundamental para garantir o sucesso do tratamento de canal.
Além disso, o uso de inovação e tecnologia têm transformado a prática endodôntica, promovendo a longevidade dos procedimentos.
Para ter sucesso no tratamento endodôntico, é fundamental trabalhar com produtos de qualidade.
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